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Turtle Beach Recon 200 é bom? Veja o review do headset com fio que usa bateria

O Turtle Beach Recon 200 é um headset gamer voltado para os consoles, mais especificamente Xbox e PS4 (apesar de funcionar em outros também). Ele tem uma particularidade de ser um fone com fio, mas mesmo assim usar uma bateria para “amplificar o áudio” e entregar graves mais potentes.

No entanto, essa bateria acaba trazendo algumas dores de cabeça, já que o headset só funciona com a bateria tendo carga, e não possui alguns detalhes importantes em periféricos desta categoria. Será que o uso de uma bateria em um fone com fio se paga pela qualidade do Recon 200?

É isso que você vai descobrir no review completo que montamos dele! Veja abaixo a ficha técnica e, logo em seguida, todas as nossas considerações sobre o Turtle Beach Recon 200.

Turtle Beach Recon 200: Design

Design do Turtle Beach Recon 200
Design do Turtle Beach Recon 200. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

O Turtle Beach Recon 200 é mais um headset da safra de modelos com design mais simplista. Isso pode ser uma decepção para aqueles que esperam um produto com mais cores e até mesmo LED, mas para outros é o visual perfeito, sem exageros, mas ainda mantendo uma boa aparência. A versão que testamos é a preta, com alguns detalhes por todo o headset que lembra fibra de carbono.

Haste almofadada do Turtle Beach Recon 200
Haste almofadada do Turtle Beach Recon 200. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Todo o acabamento do Turtle Beach Recon 200 é feito em plástico rígido, que passa a sensação de durabilidade. A haste é feita em metal flexível, e a parte inferior que entra em contato com a cabeça possui uma espuma bem fininha. É bacana citar que as conchas do Recon 200 giram em até 90°, algo positivo para quem tem a mania de deixar o fone no pescoço.

As conchas do Turtle Beach Recon 200 diram em 90°
As conchas do Turtle Beach Recon 200 diram em 90°. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Além de girar em 90°, também é possível movimentar as conchas um pouco para dentro e para fora, o que ajuda a encaixá-las bem à cabeça. Elas possuem espuma de memória e revestimento em couro sintético, combinação que resulta em um bom conforto no dia a dia.

O Turtle Beach Recon 200 tem conchas com espumas macias
O Turtle Beach Recon 200 tem conchas com espumas macias. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Não dá para dizer que o Turtle Beach Recon 200 não é confortável, mas você terá que ter um pouco de paciência. Mesmo fazendo os ajustes necessários, ele tende a apertar mais que o normal nos primeiros dias de uso, algo que chega a causar um leve incômodo em uso prolongado. Felizmente, após uns 5 dias ele já estava mais macio e não apertava tanto, então apesar de não ser o ideal, pelo menos ele se “adequou” rápido.

Chave de seleção entre o modo PS4 e Xbox
Chave de seleção entre o modo PS4 e Xbox. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

O Recon 200 possui um microfone não destacável, este que conta com sistema Flip to Mute. O headset possui duas “rodinhas” para controle, uma do volume e outra do retorno da voz, uma função muito bacana para quem usa muito o microfone. Além disso, o periférico também conta com uma “chave” que funciona como liga/desliga e tem a seleção do modo para Xbox ou Playstation.

Turtle Beach Recon 200: Um headset com fio que usa bateria

Meso sendo com fio, o Turtle Beach Recon 200 só funciona usando a bateria
Meso sendo com fio, o Turtle Beach Recon 200 só funciona usando a bateria. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Este é o ponto mais “polêmico” do Turtle Beach Recon 200, pois ele tem uma bateria interna, mesmo sendo um headset com fio. Isso acontece porque ele usa um sistema de transdutores ativos nos drivers, e isso precisa de energia para funcionar. Como o Recon só tem um cabo P3, a empresa teve que implementar uma bateria interna. O benefício deste sistema é ter graves mais acentuados, justamente pelo sistema ativo.

No entanto, isso acaba trazendo alguns problemas na usabilidade do dia a dia. O primeiro deles é que o headset só funciona ligado, seja com a chave no modo Xbox ou Playstation. Isso significa que, mesmo você usando-o com fio, ainda terá que ficar de olho na bateria, recarregá-lo, e não poderá usar enquanto ele está carregando.

Isso é bem chato em vários sentidos, pois você ainda estará preso ao fio dele, mas terá que ter os mesmos cuidados que teria com um fone de ouvido sem fio, simplesmente pela escolha da empresa neste sistema ativo. Resumindo: o Turtle Beach Recon 200 tem uma “placa de som” integrada e precisa de bateria para ela funcionar, já que não usa conexão USB.

Turtle Beach Recon 200: Bateria

Indicador de carregamento do fone de ouvido Turtle Beach Recon 200
Indicador de carregamento do fone de ouvido Turtle Beach Recon 200. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Para este review em específico resolvemos mudar a ordem dos tópicos, pois a bateria está diretamente relacionada ao tópico anterior. A autonomia do Turtle Beach Recon 200 informada pela fabricante é de 12 horas, e no uso do dia a dia ele chega a isso mesmo, às vezes até passando um pouquinho. Ao todo são três horas para ele estar completamente carregado via cabo micro USB.

O problema principal é que o headset não tem nenhum aviso sonoro de quando a bateria está prestes a acabar, ela simplesmente desliga. Outra função que seria interessante da fabricante ter implementado é o desligamento automático por inatividade. Por ser um modelo com fio, muitas vezes eu parava de usá-lo e simplesmente deixava aqui na mesa, sem lembrar que teria que desligar o fone, ou ele continuaria gastando a bateria até “zerar”.

Outro problema é que mesmo se você for uma pessoa atenta, o Turtle Beach Recon 200 simplesmente não tem algum indicador de nível de bateria, e também não pode ser usado enquanto está carregando. A conclusão é que ele é um fone com bateria que não tem a devida atenção a detalhes importantes que modelos sem fio possuem.

Turtle Beach Recon 200: Som

O Turtle Beach Recon 200 tem graves potentes e bem definidos
O Turtle Beach Recon 200 tem graves potentes e bem definidos. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Conforme já citamos, a bateria é para alimentar um circuito que, na prática, faz melhorias no som. No modo PS4 o fone tende a valorizar mais os graves, deixando o som até um pouco mais alto. Ao colocar no modo para Xbox, é audível que os graves perdem um pouco de força, fazendo com que os médios e agudos sejam mais valorizados e, no geral, o som fique mais equilibrado.

Esses são os únicos “recursos especiais” que o Turtle Beach Recon 200 possui, e são o suficiente para ele entregar uma boa experiência na hora de jogar. O som fica envolvente, bem definido, e em momentos de “estrondos” ou qualquer outra coisa que force os graves a aparecer, o jogador percebe que o fone de ouvido trabalha bem a frequência.

Como o Turtle Beach Recon 200 fica bem grudado à orelha, ele faz um bom isolamento passivo de ruídos, mas você ainda conseguirá escutar barulhos externos. O seu palco sonoro é bom e a localização de som não decepciona, por isso o jogador conseguirá saber exatamente de onde cada som está vindo.

Para músicas o fone é “ok”, e tende a se destacar em faixas com mais graves, como o pop ou mesmo músicas eletrônicas. Usuários mais exigentes podem notar algumas distorções, mas é necessário lembrar que headsets gamer não são feitos para esse tipo de uso.

Ah, por ele ter um sistema ativo, você escutará um pequeno chiado quando nenhum som está rolando, mas isso só é percebido com o volume dele acima da média, e não atrapalha na hora de jogar ou escutar música.

Turtle Beach Recon 200: Conectividade e fio

O Turtle Beach Recon 200 tem capo P3 e porta de carregamento Micro USB
O Turtle Beach Recon 200 tem capo P3 e porta de carregamento Micro USB. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

O Turtle Beach Recon 200 tem um cabo de 1,3 metros com plug P3, que nada mais é que o P2 unificado (microfone e áudio). Na minha opinião o cabo poderia ser maior e melhor trabalhado, já que é fininho e só possui um acabamento emborrachado. Além dele, o fone também possui o cabo Micro USB, que serve para o seu carregamento.

A fabricante também poderia ter enviado um adaptador split, que transforma o P3 em dois plugs P2 para usar no PC. Apesar de o fone ter foco nos consoles, seria legal ter mais opções de uso, e temos que considerar que praticamente todas as marcas concorrentes enviam esses adaptadores.

Turtle Beach Recon 200: Microfone

Microfone do Turtle Beach Recon 200
Microfone do Turtle Beach Recon 200. (Foto: Reprodução/Manual da Compra)

Como já citamos na parte de design, o Turtle Beach Recon 200 possui um microfone não destacável, com sistema Flip to Mute, então basta posicioná-lo para cima e o áudio é instantaneamente silenciado. O headset também conta com um controle de retorno da voz, assim você consegue se escutar e verificar se está tudo ok com o áudio.

Em relação à qualidade, o microfone surpreendeu positivamente. A voz fica clara, sem ruídos e com poucas distorções na tonalidade. O filtro de ruídos faz um bom trabalho de isolamento, e o ângulo que o microfone está posicionado é bom para conseguir captar a voz. No entanto, ele não é maleável, então não tente reajustá-lo, pois poderá quebrar o componente.

Vale a pena comprar o Turtle Beach Recon 200?

Se você pretende comprá-lo para usar no PC, definitivamente não vale a pena. Há dezenas de opções pelo mesmo preço que entregam os mesmos recursos e ainda não têm toda essa “dor de cabeça” com a bateria em um fone com fio.

Já para os donos de consoles o Turtle Beach Recon 200 é uma boa opção de compra. Ele tem aprimoramentos de áudio que funcionam no Xbox e PS4, diferente de muitas opções de headsets que, apesar de serem compatíveis com os aparelhos, acabam tendo alguns dos seus recursos de áudio incompatíveis. Além da boa qualidade de áudio (com destaque para os graves), o fone também tem um microfone excelente para jogar no dia a dia.

No entanto, fica claro que o headset possui alguns problemas com relação a sua bateria. O fato de ele usar conexão MicroUSB é uma delas, considerando que até mesmo os consoles já estão padronizando o uso do USB-C. A falta de avisos em relação ao nível de bateria vai irritar alguns usuários, e não poder usá-lo enquanto carrega pode fazer com que o jogador “fique na mão” quando não calcular bem o tempo de uso.

Se você está disposto a enfrentar todas essas “chatices” em prol de uma boa qualidade de áudio e microfone, o Turtle Beach Recon 200 é sim uma opção de headset gamer para consoles a se considerar.

Pontos positivos

  • Estrutura resistente
  • O fone tem bons graves
  • Som estéreo rico em detalhes
  • Microfone com boa qualidade de áudio
  • Possui melhorias para consoles
  • Bateria dura 12 horas

Pontos negativos

  • Só funciona com bateria, mesmo sendo um headset com fio
  • Não possui indicador de nível da bateria
  • Nos primeiros dias faz uma pressão desconfortável na cabeça