Review JBL Quantum 600: Vale a pena?

A JBL investiu pesado no lançamento dos seus headsets gamer, com modelos para todos os públicos. O JBL Quantum 600 é a opção para quem está em busca de um fone de ouvido sem fio com boa qualidade, cheio de funções diferenciadas e, claro, a famosa iluminação RGB que o deixa super estiloso.

Esse headset possui dois sistemas de som tridimensional, pode ser usado com ou sem fio e ainda conta com construção e conforto excelentes! Ele pode ser completamente customizado via software da empresa, o que é um dos seus principais atrativos. No entanto, a sua duração de bateria acaba sendo abaixo dos concorrentes e pode decepcionar alguns consumidores.

O Manual da Compra teve a oportunidade de testar esse fone de ouvido, por isso preparamos um review completo para te mostrar seus pontos positivos e negativos! Veja a seguir a sua ficha técnica.

Ficha técnica do JBL Quantum 600:

• Tipo: Over ear
• Drive: 50 mm
• Impedância: 32 Ω
• Resposta de frequência: 20 Hz a 20 KHz
• Fio: 1x cabo P2 e 1x cabo USB para recarga
• Conexão sem fio: Wireless 2.4 GHz
• Microfone: Maleável
• Construção: Estrutura em alumínio e acabamento com peças de plástico
• Surround 7.1: Sim
• Bateria: Até 16 horas
• Peso: 346 gramas
• Compatível com: PC, Playstation (4 e 5), Xbox (One, Series S/X), Nintendo Switch, Celulares, Mac, VR, PS
• Outras funções: Iluminação RGB, controle de som que alterna o volume do jogo ou do áudio de voz, DTS 2.0

Design e construção

O JBL Quantum 600 é um fone robusto que possui uma excelente construção, cuja estrutura é feita em metal flexível e o acabamento em um plástico rígido. O próprio design desse headset já o deixa muito bonito e chamativo, sendo que o LED é apenas o plus para completar a sua beleza. Ele é todo pintado de preto, mas varia entre o preto fosco e o preto esmaltado brilhante nas laterais das conchas.

Por falar em conchas, é lá que temos as luzes RGB iluminando um grande “JBL” texturizado. Essas luzes por padrão ficam piscando, mas você pode alterar a animação, cores ou até mesmo desligá-las via software. O microfone não é removível, mas possui o sistema Flip to Mute, então basta colocá-lo para cima e ele ficará silenciado.

Na concha esquerda o Quantum 600 possui duas “rodinhas”, sendo uma para volume e outra que alterna entre priorizar o som dos jogos ou da comunicação com amigos. Também existe um botão para silenciar o microfone mesmo sem colocá-lo para cima, além da porta USB para recarregá-lo e a entrada 3,5 mm para usar com fio. O botão de liga e desliga fica na parte direita, ao lado de um LED que acende quando o fone está ligado.

No quesito conforto o JBL Quantum 600 não decepciona! As espumas das conchas se adéquam bem a orelha, não apertam demais e nem esquentam, podendo ser removidas para lavagem. A haste é toda revestida com a mesma espuma e couro sintético das conchas, por isso fica macia em contato com a cabeça. É válido destacar que ele possui regulagem de altura e pode girar suas conchas em 90°, excelente para quem tem mania de deixar o fone no pescoço.

Áudio

O JBL Quantum 600 possui drivers de 50 mm, além de uma resposta de frequência que vai desde 20 Hz até 20 KHz. Isso significa que ele consegue cobrir uma boa amplitude de frequências, desde os sons mais delicados até as explosões em jogos, ou músicas cujos graves são o destaque. Além disso, ele ainda possui som Surround 7.1 e o DTS 2.0, que também tem o objetivo de oferecer som tridimensional.

Quanto ao áudio, não há o que reclamar do JBL Quantum 600. As frequências são bem equilibradas, com agudos suaves e graves potentes bem definidos. Você pode usá-lo para escutar músicas sem se preocupar se está perdendo algum detalhe importante.

Em alguns momentos os graves acabam se sobressaindo, mas isso pode ser resolvido apenas mudando a equalização do fone no software QuantumENGINE, que dá o controle de cada frequência do fone.

Em jogos a experiência também é excelente, principalmente com os recursos de som tridimensional ligados. Além de você conseguir escutar perfeitamente os detalhes do som, conseguirá saber de onde ele está vindo sem esforço. Isso aumenta a sua imersão e ainda pode dar vantagens perante aos inimigos, principalmente em jogos FPS online.

Software QuantumENGINE

Pelo software QuantumENGINE o usuário pode controlar várias configurações e funções do fone, e para ser sincero esse programa foi uma surpresa muito positiva! Na parte de som ele permite ao usuário alterar as equalizações do fone, escolher entre o som DTS ou Surround, fazer configurações avançadas no Surround editando cada canal separadamente, e até definir por tamanho de cabeça.

Além disso, você pode fazer configurações no microfone, ver o nível de bateria do fone, alterar as cores e padrões de animação da luz RGB e ver outras informações importantes relacionadas ao JBL Quantum 600. Todos esses ajustes podem ser salvos em perfis, então você pode criar uma equalização para jogos, uma para filmes, uma para música e por aí vai.

Esse software só está disponível para Windows.

Dongle USB e conexão por fio

No modo sem fio o JBL Quantum 600 usa um dongle USB com conexão Wireless de 2.4 GHz, que acaba sendo a mais eficiente em games por ter um atraso imperceptível. O lado positivo é que você também pode usar esse fone com fio, pois ele tem uma entrada P2 de 3,5 mm e um cabo, esse que inclusive possui controle de volume e botão para silenciar o microfone. Isso faz com que esse headset seja versátil, podendo ser usado no computador, smartphone, Xbox One, PS4, Nintendo Switch, entre outros dispositivos.

O lado negativo é que os recursos de som Surround e DTS só funcionam no computador com o QuantumENGINE instalado, então na hora de usar o JBL Quantum 600 em celulares ou consoles, esses recursos não serão ativados.

Bateria

A JBL promete até 16 horas de bateria para o Quantum 600, mas no uso do dia a dia ele acabou não chegando a tanto. Em nossos testes esse fone durou entre 13 e 14 horas, tempo que está “ok” comparado ao que a fabricante promete. Ao todo são 2 horas para ele estar com a bateria completamente cheia e pronto para ser usado novamente.

A sua autonomia é boa, mas acaba ficando atrás de alguns fones da concorrência. No entanto, o fato de ele poder ser usado com fio ameniza isso, já que você não precisará parar de jogar ou usar um “fone reserva” por falta de bateria.

Microfone

Um fone gamer precisa ter um microfone de qualidade, afinal a comunicação é a chave para o sucesso nos jogos. Felizmente o JBL Quantum 600 faz isso com maestria, entregando um áudio limpo, claro e sem distorções na voz. É possível alterar o volume do microfone, sensibilidade e até retorno via software.

O microfone não é destacável, mas conforme já citado em um tópico anterior, basta levantá-lo para silenciar sua voz. Você verá um LED vermelho na ponta do microfone, indicando que ele está no mudo. Também é possível silenciar o microfone usando um botão na lateral.

É válido ressaltar a sua função de balanceamento de áudio e comunicação. Girando a rodinha para cima, você abaixa o volume do chat de voz e prioriza o volume do jogo; girando para baixo você prioriza a voz do chat e abaixa o volume do game.

Vale a pena comprar o JBL Quantum 600?

O JBL Quantum 600 é um dos fones mais completos do mercado considerando a sua faixa de preço, por isso não fica devendo em nada para os concorrentes. Ele apresenta boa construção, é confortável e tem um áudio excelente seja para músicas ou jogos. O grande ponto positivo é o seu software que oferece controle total do headset, desde equalizações até as cores que irão iluminar o periférico.

O ponto negativo é que a conexão sem fio só funciona no PC, então para outros dispositivos você terá de usar o cabo, e consequentemente perderá um pouco de qualidade e os recursos de som 3D. Fora isso, o programa da JBL só funciona no Windows, então se você usa computadores da Apple, não terá acesso aos recursos e customizações do headset.

A duração de bateria não é das melhores quando comparada aos headsets concorrentes, mas o fato de poder usar o JBL Quantum 600 com fio faz com que o jogador nunca fique na mão, sem um fone para usar. Sem contar que a média de 13 horas é (geralmente) suficiente para jogar o dia inteiro!